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Terapia de esquemas emocionais
Uma introdução ao processo de autoconhecimento e mudança através da terapia baseada em esquemas emocionais
Preparei uns recortes do modelo teórico que estamos nos baseando para apoiar sua jornada de autoconhecimento. Acredito que essa leitura nesse momento contribui para facilitar o entendimento de como traços de sua personalidade se manifestam no seu cotidiano, nas suas decisões, escolhas, emoções e interpretações das situações vividas.
Leia, mas não se apresse em entender tudo e, principalmente, cultive em você uma autocuidado e serenidade enquanto se conhece. As reflexões vão amadurecendo e ganhando sentido com o tempo.
Até mais. Boa leitura.
O que são Esquemas?
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São padrões emocionais e cognitivos iniciados em nosso desenvolvimento desde cedo e repetidos ao longo da vida. Funcionam como princípios organizativos amplos que a nossa mente usa para entender a própria experiência de vida.
Eles têm a função de manter uma visão estável de si mesmo e do mundo, ainda que essa visão possa ser imprecisa ou distorcida. Nossos esquemas obedecem a uma necessidade de “coerência interna”, por isso, questionar os próprios esquemas geralmente faz a pessoa duvidar da viabilidade e da segurança de tentar outras formas de entender a si mesma e as experiências que vive.
Esquemas são “cognitivamente confortáveis” porque representam o que é familiar para a pessoa. Por ser familiar, as pessoas tendem a se atrair por situações que “combinam” com seus esquemas levando a experiências de “círculo vicioso”.
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De Onde vêm os Esquemas?
Formulamos nossos esquemas principalmente nas nossas primeiras relações interpessoais, com nossos pais, avós, irmãos e amigos. Percebemos que a maioria dos nossos esquemas foram se estabelecendo na infância e adolescência, entretanto, as relações e experiências da vida adulta também estabelecem novos esquemas ou modificam os antigos.
Nossos esquemas são formados a partir a compreensão que tivemos sobre cada experiência relevante vivida. Uma vez formulada uma compreensão, uma “teoria” sobre quem somos, como o mundo e os outros são começa a tomar forma. A partir daí, o mecanismo de “viés confirmatório” da mente humana realça toda nova situação que coincide com a nossa “teoria pessoal”.
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Como reagimos aos nossos esquemas?
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Todos os organismos possuem três respostas instintivas à ameaça: lutar, fugir ou paralisar-se. Elas correspondem aos três estilos de enfrentamento de esquemas: hipercompensação, evitação e resignação. Em termos muito amplos, a luta é hipercompensação; a fuga, evitação, e a paralisia, resignação.
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No contexto da infância, uma ameaça é a consequência percebida pela criança quando algumas das necessidades emocionais fundamentais não é atendida ou vivenciada. As necessidades são: vínculo seguro, autonomia e identidade, liberdade de autoexpressão, espontaneidade e lazer, limites realistas e autocontrole.
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A ameaça também pode incluir o medo das intensas emoções que o esquema ativa.
Deparando-se com essa ameaça, a criança pode reagir por meio de alguma combinação dessas três respostas de enfrentamento: resignar-se, evitar ou hipercompensar.
Todos os três estilos de enfrentamento costumam operar fora da consciência, ou seja, inconscientemente. A maioria das pessoas usa uma combinação de respostas e estilos de enfrentamento. Às vezes se rendem, às vezes evitam, outras vezes hipercompensam.
Exemplos desses três estilos a seguir.
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Resignação aos esquemas
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Ao se resignar a um esquema, as pessoas reagem aceitando-o como a verdade absoluta em relação a qual não se pode escapar ou questionar.
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Entretanto, ao reagirem em resignação estão agindo de maneira a confirmá-lo, como uma profecia que se autorealiza. Sem perceberem o que fazem, repetem os padrões evocados pelo esquema, de forma que, quando adultos, continuam a reviver as experiências de infância que o engendraram.
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Por exemplo, para pessoas com esquema de privação emocional, a resignação em termos comportamentais se daria na escolha de parceiros que têm mais probabilidades de tratá-los como “o pai ou a mãe agressivo” o fez no passado (escolher um marido ou esposa que lhe priva emocionalmente). Depois, costumam relacionar-se com esses parceiros de maneira passiva e complacente, perpetuando o esquema.
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Evitação de esquemas
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Quando utilizam a evitação como estilo de enfrentamento, as pessoas tentam organizar suas vidas de maneira que o esquema nunca seja ativado. Tentam viver sem consciência dele, como se não existisse; evitam pensar a respeito dele; bloqueiam pensamentos e imagens que provavelmente o ativem, e, quando esses pensamentos e imagens surgem, os indivíduos distraem-se ou os repelem. Evitam sentir o esquema; quando esses sentimentos vêm à tona.
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Os comportamentos de evitação mais comuns são: beber em excesso, ingerir drogas, fazer sexo promíscuo, comer demais, limpar compulsivamente, buscar estimulações ou se tornar viciados no trabalho, evitar situações que ativem o esquema, como relacionamentos íntimos ou desafios profissionais. Muitas pessoas afastam-se por completo de atividades nas quais se sentem vulneráveis.
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Hipercompensação de esquemas
Quando hipercompensam, as pessoas lutam contra o esquema pensando, sentindo, comportando-se e relacionando-se como se o oposto do esquema fosse a verdade. Dedicam-se a ser o mais diferente possível da criança que foram quando o esquema foi adquirido. Se se sentiam sem valor quando crianças, como adultos tentam ser perfeitos; se foram subjugados quando crianças, como adultos desafiam a todos; se foram controlados quando crianças, como adultos controlam outras pessoas ou rejeitam todas as formas de influência; se abusados, abusam de outros.
Diante do esquema, contra-atacam. Na superfície, são autoconfiantes e seguros, mas, no íntimo, sentem a pressão do esquema ameaçando uma
erupção.
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A hipercompensação pode ser considerada uma tentativa parcialmente saudável de lutar contra o esquema. É saudável lutar contra um esquema, desde que o comportamento seja proporcional à situação, que se levem em conta os sentimentos de outros e que se possa esperar razoavelmente chegar ao resultado desejado.
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Entretanto, os hipercompensadores costumam ater-se ao contra-ataque, com um comportamento excessivo, insensível e improdutivo. Por exemplo, é saudável que pessoas com esquema de subjugação exerçam mais controle sobre suas vidas, mas, quando hipercompensam, tornam-se excessivamente controladores e dominadores e acabam por afastar outras pessoas. Uma pessoa que hipercompensa a subjugação não consegue permitir que terceiros assumam a frente, mesmo em casos em que é saudável fazê-lo.
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A hipercompensação desenvolve-se porque oferece uma alternativa ao sofrimento causado pelo esquema. É uma forma de escapar da sensação de impotência e vulnerabilidade que a pessoa sentiu nas experiências que originaram o esquema.
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Como a Terapia Poderá Ajudar?
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A Terapia baseada em esquemas mentais pode ajudá-lo de várias maneiras importantes:
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• Identificando quais são seus esquemas específicos.
• Examinando como seus esquemas foram aprendidos.
• Identificando os estilos de enfrentamento e seus prejuízos.
• Aprendendo como os esquemas são mantidos ou reforçados pelas escolhas que você fez ou as experiências que teve.
• Contestando e modificando os esquemas negativos.
• Desenvolvendo novos esquemas que possam ajudar a pessoa a construir pra si uma vida mais feliz.